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A escala 6×1, comum em vários setores no Brasil, tem sido criticada por seu impacto negativo na saúde dos trabalhadores, gerando movimentos pela sua extinção. A proposta de reduzir a jornada semanal para 36 horas, apoiada por lideranças políticas e sociais, busca melhorar a qualidade de vida, aumentar a produtividade e promover um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.

O Impacto da Escala 6×1

A escala 6×1 é amplamente adotada em setores como comércio, saúde e segurança, que exigem presença contínua dos profissionais. Embora útil para atender à demanda ininterrupta, ela traz sérios custos para os trabalhadores. Assim sendo os estudos mostram que a sobrecarga de trabalho pode causar problemas de saúde, então o esgotamento físico, estresse crônico, Burnout e distúrbios psicológicos. Além disso, esses impactos não afetam apenas o indivíduo, mas também a produtividade e os custos das empresas, ou seja devido a afastamentos e menor eficiência.

A justificativa para a implementação da escala 6×1 está na necessidade de atender a um ritmo de trabalho contínuo em algumas atividades. No entanto, essa rotina limita a recuperação física e mental dos trabalhadores. Quem não tem tempo suficiente para descansar, estudar ou se dedicar à vida pessoal corre o risco de se tornar menos produtivo, além de prejudicar seu próprio bem-estar.

Proposta de Redução da Jornada: O Fim da Escala 6×1

A deputada Erika Hilton e defensores dos direitos trabalhistas propõem limitar a jornada semanal no Brasil a 36 horas, extinguindo o modelo 6×1. A proposta prevê distribuir a carga horária em quatro dias de trabalho, com três dias de descanso, promovendo maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Os apoiadores acreditam que o fim da escala 6×1 seria um avanço para uma sociedade mais equilibrada e saudável, pois, com mais tempo para descansar, os trabalhadores seriam mais produtivos e motivados. A medida também proporcionaria mais tempo para lazer, estudos e fortaleceria as relações familiares, criando um equilíbrio mais saudável entre a vida profissional e pessoal.

Desafios para a Implementação

A proposta enfrenta resistência, especialmente em setores onde o trabalho contínuo é indispensável. Áreas como saúde, segurança pública, transporte e comércio enfrentam desafios logísticos para garantir a continuidade dos serviços sem comprometer a qualidade e eficiência. Além disso, a jornada reduzida exigiria reorganizar escalas, o que poderia incluir contratação de novos funcionários ou o uso de tecnologias para otimização.

Há também preocupações sobre o impacto econômico para as empresas. A adaptação ao novo modelo de jornada exigiria investimentos em infraestrutura e pessoal, o que pode ser um desafio, especialmente para pequenas empresas. Logo, estudos do movimento “4 Day Week” indicam que a jornada reduzida pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a produtividade e satisfação no trabalho, o que pode superar os custos iniciais de adaptação.

Exemplos Internacionais e Tendências Globais

O movimento por uma jornada de trabalho mais curta não é exclusivo do Brasil. Países como Islândia, Japão e Nova Zelândia já testam modelos reduzidos, com resultados positivos. No Reino Unido, a iniciativa “4 Day Week Global” está sendo testada em empresas, demonstrando que essa medida aumenta a eficiência, reduz o estresse e melhora o bem-estar dos colaboradores, proporcionando mais tempo para a família e maior motivação no trabalho.

Conclusão

A proposta de acabar com a escala 6×1 e reduzir a jornada no Brasil é um avanço importante para a qualidade de vida dos trabalhadores. Por fim, apesar dos desafios na implementação, especialmente em setores essenciais, também os benefícios potenciais para a saúde, o bem-estar e a produtividade são consideráveis. Esse movimento global por uma jornada reduzida oferece a chance de adaptar a ideia à realidade brasileira, promovendo um mercado de trabalho mais equilibrado e sustentável. Dessa forma, essa mudança pode beneficiar trabalhadores, empresas e a sociedade.